Medíocre, eu? Só fazendo uma média...

8 de abr. de 2011




Insistir ou desistir? Fazer acontecer ou deixar rolar? Ir atrás ou esperar vir?  Saber a hora de parar e a de seguir em frente. Sonhos, lutas, realidade... O quão somos responsáveis pelo nosso destino? E esse tal destino? Existe mesmo ou é só uma invenção do inconsciente coletivo para nos fazer acreditar que um dia teremos aquilo que almejamos ou seremos aquilo que sonhamos?
                             Qualquer livro de auto-ajuda diria que “a mente faz a sua realidade” assim como “você é o que você come”. Até aí tudo bem, mas o enfoque mágico, a perfeição a todo custo, a geração de cobranças esbarra em um ponto crucial: NINGUÉM TEM DIREITO DE SER MEDÍOCRE.

                            Medíocre: adj. Que está entre o grande e o pequeno, o bom e o mau : obra medíocre.
                                         S.m. Aquele que é medíocre, aquele que não tem grande valor intelectual.

 

                               Se no próprio significado da palavra, já se diz que não é nem bom nem ruim e que não tem grande valor, a cultura de hoje em dia eleva isso à máxima potência. Dizer que alguém é medíocre pode ser entendido até como xingamento!

                               Só nos contentamos com adjetivos como: belo, perfeito, magnífico, estonteante, excepcional, excelente, espetacular, maravilhoso. E se é pra ser ruim que seja péssimo, horrível, degradante, repulsivo... medíocre nunca!

                               Pois bem, eu digo a plenos pulmões que sob alguns aspectos, sou um ser medíocre. E ando querendo me libertar da amarra que me faz achar isso ruim.

                               A começar pela minha altura. Não sou nem alta nem baixa, sou mediana. “Ah, mas pra mulher você é alta” ( olha o parâmetro, rs. Acho super engraçado o “pra mulher”... ). Não, não sou alta. Alta pra mim é quem tem mais de 1,70m e pra isso ainda me faltam alguns centímetros. Quesito altura: Carol medíocre ( façamos as pazes com o vocábulo bonitinho).

                             Família: filha do meio! Precisa nem dizer nada né? Rs...

                             Classificação vocal: mezzo soprano. Alguns graves, alguns agudos, mas nem vozeirão de cantora de MPB, nem hiperagudos de solista de ópera. PIMBA!

                             Palco: barzinho e banda de baile. Ou seja, nem anônima nem famosa. Meio de novo.

                             Corpitcho? Apesar de mulher sempre se achar mais gorda do que deveria estar ( eu não sou diferente), sendo bastante honesta, não posso dizer que sou magra e também não sou obesa. Normal. Média.

                               Se todo mundo parar pra pensar direitinho, em algum momento vai se encaixar nessa descrição. Ao menos em algum aspecto da personalidade. E aí? Como lidar com isso?

                                Não digo que ninguém deva lutar pra melhorar, pra atingir metas e objetivos e se aperfeiçoar. Apenas façamos as pazes com a palavrinha acima. Médio é médio... não ser bom não significa ser ruim. Nem que não pode melhorar, evoluir. E que não tem nada de errado também se continuar sendo medíocre, médio, normal. Ninguém  é e por mais que busque isso com todas as forças, nunca será perfeito.

                           Você tem talentos em uma área, é uma negação em outras... Pode ser linda e chata. Ou um gênio da matemática  sem nenhum gingado. Opostos? Sim... mas e se você tiver um “tiquim” de cada coisa? Um pouquinho  de cada habilidade sem ser excepcional e brilhante em nenhuma, tampouco extremamente ruim, péssimo? Qual o problema?

                            Por que tem que ser uma coisa ou outra? Decidir sempre entre dois pólos? O mundo é múltiplo, as questões da vida tem milhares de respostas e nem sempre essas respostas são simplesmente sim ou não. Sempre pode rolar um TALVEZ. Entre dois pólos pode haver uma linha reta, mas também muitas curvas. A opção do meio pode significar também EQUILÍBRIO. Sacou? ( piscadinha pra você)

                           Preto ou branco? Por que não misturar? Fica lindo... e é um clássico! Sol ou chuva? Ah, fala que não é lindo quando depois de uma chuva forte o céu se abre e o sol aparece formando um arco-íris enquanto ainda cai a garoa fina? Falando em coisa boa que fica no MEIO... é só pensar no dia que nascemos e no dia que fatalmente iremos embora... o caminho do meio é nada mais nada menos do que a VIDA! Aquela magia entre um pólo e outro que deve ser vivida assim... do jeitinho que você é!

                             

                             


4 comentários:

Fernanda Marchioretto on 8 de abril de 2011 às 21:11 disse...

Concordo contigo miguxa! Por que ser um gênio em uma ou duas coisas se podemos saber um pokim de um tantão de coisas bacanas né? Viva a mediocridade! hehe
BjãO!

Cris Paulino on 10 de abril de 2011 às 23:40 disse...

E concordo q todos nós temos um pouco de mediocridade. Mas é difícil lidar com isso!
Adorei o texto flor.. beijos boa semana!!!

Shirley on 14 de abril de 2011 às 08:16 disse...

Todos nós somos um pouco medíocre a partir do momento em que não saímos do padrão e temos medo de tentar o novo, seja no comportamento ou até mesmo nas atitudes, vc expressou isso muito bem no texto, adoreiii pima, bjocas.

pri on 24 de abril de 2011 às 10:13 disse...

Nada medíocre mesmoooo esse texto! Tá acima, como tudo que a gente se propõe a fazer por vontade e se entrega. Parabéns.

 

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