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Imagem: Fabíola Medeiros |
Hoje li um texto daqueles que me fariam apertar os olhos pra deixar escorrer uma lágrima teimosa.
Li palavras que deixariam meu peito apertado e sufocado como uma quase tosse que não consegue sair.
Daqueles que causam lembranças, que por sua vez, fazem a cabeça cair pro ombro e apertar o travesseiro contra o peito em um suspiro que mais parece um esgar de dor.
Nada daquilo é mentira ou deixou de acontecer. Um sorriso no canto da boca, um suspiro resignado me faz lembrar que está ali, sempre esteve, ainda está e vai estar... mas não faz mais o menor sentido.
Bati a poeira do sofá, travesseiro enxuto, corro os olhos novamente por aquelas palavras que já me arrancaram soluços e só consigo sorrir.
Sorri porque sempre parava ali, na metade do texto, no clímax, onde tudo é intenso demais, dolorido demais, vivo demais. Parava ali, onde meu sentimento estacionava.
E hoje, consegui ler até o final. Chegar no final também no sentimento, sair do clímax e ir pro desfecho. Acompanhar a cadência das palavras não só com os olhos.
Aquele final, hoje também é meu.
Um texto que vou ler e reler ainda muitas vezes, com o sentimento completo do clímax ao fim.
Com um sorriso nos lábios por estar tudo ali fazendo parte do que vivi, mas que não faz... Ah! Não faz mais o menor sentido!
(Dedicado a Stella Florence por: Carta de Desamor do livro "Os Indecentes")
1 comentários:
É tããão legal quando a gente sente que é nosso e melhor ainda quando deixa de fazer sentido. Sério mesmo Cá, ficou lindo. Beijão!
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